Não é novidade que vivemos em um mundo dominado pela tecnologia. Está sendo escrito, dito, comentado e discutido em todos os lugares. Mas veja, existem aqueles que utilizam a tecnologia e aqueles que a fornecem e desenvolvem. O segundo grupo é consideravelmente menor, portanto não existem muitos softwares com propósitos específicos e mesmo assim, os desenvolvedores criam programas que tangenciam todas as áreas de atuação. Entretanto, nosso enfoque aqui é voltado à logística.
        Se você tem inúmeros locais que são necessários que seus veículos passem, você pode usar uma tecnologia como o “maps da Google”. Por que não recomendo? Porque é uma ferramenta desenvolvida para atender a necessidade de muitos e não situações específicas. Como assim? Bom, vou tentar explicar ao longo do deste texto.
        Vamos entrar em um ponto específico da logística conhecido como roteamento de veículos. O roteamento de veículos foi uma área muito estudada nos últimos 50 anos e não é por acaso. O estudo de roteamento de veículos busca encontrar as melhores rotas para uma frota de veículos que deve atender uma quantidade de clientes. Como assim? Suponha que você tenha que elaborar rota(s) para atender os clientes abaixo (os clientes são os pontos marcados com “x”).

 

Imagem adaptada de openstreetmap.org

        Parece ser fácil de ser feito, não? Pode ser que não se encontre a rota mais otimizada, mas é possível encontrar uma rota que satisfaça. Basta lembrar que você não pode ultrapassar a capacidade do veículo usado. Mas vamos dificultar um pouco sem sair do possível. Suponha que você tenha que encontrar a(s) melhor(es) rota(s) para atender os clientes abaixo.

 

Imagem adaptada de openstreetmap.org

        Ficou um pouco mais desafiador, não? Pensando ainda que alguns desses clientes tem um horário específico que desejam ser atendidos ou podem possuir uma demanda variável; ou ainda os veículos podem ficar parados se entrarem em condomínios (o que significa que você está pagando o motorista por ficar parado); ou os clientes demandam que sejam atendidos em duas etapas… mas vale a pena atendê-los dessa forma? Alguns, todos? A questão é justamente essa!
        “Eu faço as rotas dos veículos de coleta de resíduos domiciliares ou de coleta seletiva de um município. Por que eu preciso de um otimizador?” Porque elaborar as rotas de forma intuitiva, ou sem critérios claros, pode causar uma elevação no custo das rotas, que seria evitada se as rotas fossem escolhidas de forma otimizada. “Hmmm… não me convenceu…” Pense assim, suponha que os custos que envolvem as rotas dos caminhões de coleta de resíduos de um município gaste 10% a menos caso a rota fosse otimizada. Uma vez que esta rota se repetirá inúmeras vezes, esse valor se torna mais significativo em uma análise a médio e longo prazo.
        Nestes processos de otimização, características importantes podem ser levadas em consideração na elaboração da rota para a coleta. Alguns exemplos são: diminuir o tempo máximo de cada rota, atender a todos os pontos no período em uma semana, não ultrapassar a carga máxima dos veículos que fazem as coletas. Além disso, quando se realiza uma otimização, é possível especificar o que deve ser diminuído, como os gastos com combustíveis e até mesmo a emissão de gases poluentes. Dessa forma, a otimização encontra rotas inteligentes que reduzem quilômetros percorridos, tempo de trabalho, custos operacionais e impactos ambientais.

 

Lucas Esperancini Moreira e Moreira
Bacharel em Matemática Aplicada em Computação
Mestrando em Otimização Computacional – USP
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A VITA Engenharia e Consultoria Ambiental oferece a geração de rotas inteligentes para coleta regular de resíduos e coleta seletiva com a utilização de algoritmos matemáticos para otimizar e simular cenários que levam em consideração as características específicas de cada contexto.

 

Para saber mais sobre a consultoria em otimização de rotas entre em contato em contato@vitaengenharia.com